Kairós https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos <p>A Kairós é uma revista interdisciplinar da Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) que se volta à divulgação de artigos científicos, resenhas e traduções, de pesquisadores nacionais e estrangeiros, com titulação mínima de <u>Especialistas (mesmo para coautor)</u>. Seu público-alvo são docentes, discentes e interessados, de modo geral, nas Ciências Humanas, bem como em suas discussões e marcos teóricos. Para tanto, o periódico conta com um Comitê Científico reconhecido em sua área de atuação.</p> pt-BR <p>De acordo com a Licença Creative Commons International 4.0, é possível:</p> <p>1) Distribuir o material publicado em qualquer formato, desde que os créditos de publicação e referenciação sejam devidamente dados à Revista Kairós.</p> <p>2) Os direitos autorais sobre os artigos, resenhas e traduções publicados são da Revista Kairós, bem como os direitos de primeira publicação.</p> <p>3) Os autores que queiram publicar seus manuscritos publicados na Kairós em outros veículos (capítulos de livro, por exemplo), devem referenciar devidamente à primeira publicação na Revista Kairós.</p> <p>4) Os autores possuem pleno direito de divulgar seus manuscritos publicados na Revista Kairós em suas páginas pessoais, sendo recomendada à menção ao periódico.</p> <p>Para conferir às determinações da Licença Creative Commons 4.0, acesse <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">aqui.</a></p> <p> </p> periodicos@catolicadefortaleza.edu.br (Renato Moreira de Abrantes) periodicos@catolicadefortaleza.edu.br (Lara Rocha) Wed, 13 Dec 2023 19:03:20 -0300 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Conteúdo integral https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/501 <p>Conteúdo integral da Kairós: Revista Acadêmica da Prainha (v. 19, n. 2).</p> Os autores Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/501 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 Editorial https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/502 <p>Editorial da Kairós: Revista Acadêmica da Prainha (v. 19, n. 2)</p> Os editores Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/502 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 A águia pariu um rato: Memórias do subsolo e a filosofia moral nietzschiana sob o olhar de Alasdair Macintyre https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/469 <p>Realizou-se uma investigação filosófica sobre a ética apresentada por Fiódor Dostoiévski em seu romance <em>Memórias do Subsolo</em>, comparando-a com o pensamento moral de Friedrich Nietzsche. Foi identificada uma profunda similaridade entre as ideias do “homem do subsolo” e o pensamento nietzschiano. Em seguida, buscou-se a crítica de Alasdair MacIntyre à filosofia moral iluminista e emotivista, na qual o filósofo escocês se lastreia pelo pensamento de Nietzsche. MacIntyre demonstra que o autor de <em>Assim Falou Zaratustra</em> é genial em sua argumentação contrária à filosofia iluminista e completamente equivocado quando propõe a sua própria solução. Conclui-se que o homem do subsolo pode servir de exemplo do inevitável fracasso tanto da ética criticada por Nietzsche, quanto da própria ética nietzschiana. O personagem de Dostoiévski demonstra na forma da ficção como se comportaria alguém que utiliza exclusivamente a linguagem moral racionalista. E, ao mesmo tempo, o homem do subsolo é um antimodelo para a ética das virtudes.</p> Marco Antônio S. Monteiro Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/469 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 A concepção de mistério no pensamento de Eudoro de Sousa https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/457 <p>O objetivo deste artigo é discutir o significado e a relevância da concepção de Mistério no pensamento do filólogo, mitólogo e helenista luso-brasileiro Eudoro de Sousa, analisando os seus artigos e ensaios publicados ao longo de mais de 40 anos de atividade intelectual. Não constituindo propriamente uma categoria unívoca, nem tampouco um conceito de determinação inequívoca num sistema de pensamento lógico-discursivo, antes associado a uma experiência invulgar e sem linguagem própria, Mistério é abordado nesta reflexão tanto a designar esta mesma insólita experiência, quanto com o sentido de uma cifra própria da experiência poético-religiosa, cuja reflexão a seu respeito revela o empenho de Eudoro de Sousa em se aproximar do e compreender o fundamento último e existencializante da existência ou de tudo o que veio, vem e virá a ser. Neste sentido, e configurando uma noção fundamental da Mitologia desenvolvida por Eudoro de Sousa, a noção de Mistério desempenhará papel central em suas concepções acerca de Antropologia, Filosofia, História, Poesia e Religião.</p> Isaque Pereira de Carvalho Neto Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/457 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 A influência de Descartes no pensamento de Husserl https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/455 <p>Este trabalho mostra como a filosofia de Descartes influenciou de forma relevante uma parte do pensamento filosófico de Husserl. Há uma relação muito próxima de alguns aspectos entre a filosofia de Descartes e a de Husserl. Em alguns pontos parece que há uma continuidade, como a noção de suspensão de juízo de Descartes e a epoché de Husserl ou o conceito de evidência cartesiano e a intuição de Husserl. A suspensão de juízo de Descartes e a epoché de Husserl colocam o juízo em “parênteses”, em suspensão, isto é, suspendem o julgamento sobre as coisas. Isso consiste em deixar de lado os preconceitos, as teorias, as afirmações pré-concebidas. Além disso, o conceito de evidência de Descartes e a intuição de Husserl também são semelhantes. Ambas as teorias afirmam que o conhecimento é imediato e vai direto ao objeto, não havendo discurso para atingir o conhecimento. Portanto, defende-se que há uma relação próxima em alguns pontos da filosofia de Descartes e de Husserl.</p> Jeferson Benício de Freitas Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/455 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 A noção de passado da arte e a espiritualidade do fazer artístico em Hegel https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/485 <p>Este texto procura analisar a compreensão de “passado da arte” na estética de Hegel, tomando como base os principais aspectos que esta estética identifica ao longo da história da arte e suas manifestações diversas no âmbito das produções artísticas. Inicialmente, apresenta uma contextualização acerca das compreensões hegelianas sobre o sistema geral das artes e suas três etapas distintas que, por sua vez, registram momentos diferenciados da manifestação do Espírito Absoluto. Num segundo momento, a abordagem se volta especificamente para o que o filósofo alemão define como arte simbólica em seu processo de intuição sensível, que é fortemente marcado por uma tentativa de expressar de forma visível o que seria a essência de um fundamento espiritual invisível. O terceiro momento da análise proposta tem como enfoque a arte clássica que, segundo Hegel, atinge um amadurecimento significativo e um avanço promissor em relação à arte simbólica, na medida em que consegue reunir matéria e forma em uma condição que estaria mais próxima da verdade divina. Em seguida, o texto procura examinar a arte romântica, que marca o momento de consumação da história da arte ao atingir o ápice da subjetividade espiritual, intensificando, assim, uma relação de modo mais direto com o Espírito. Por fim, à guisa de conclusão, analisa-se o processo histórico da arte sopesando os aspectos mais relevantes da concepção hegeliana sobre a morte da arte, quando o filósofo procura mostrar que a arte se transforma em filosofia e, por este motivo, acaba perdendo sua essência e seu sentido de ser.</p> Henrique Lott Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/485 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 A proposta pastoral do Papa Francisco presente na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/491 <p>O presente artigo tem como objetivo refletir sobre o projeto eclesial do Papa Francisco, a “Igreja em saída”, apresentado no documento inaugural de seu pontificado: a Exortação <em>Evangelii Gaudium</em>. Buscou-se arrazoar que a eclesiologia que sustenta a Exortação e o governo pastoral do papa é a do Povo de Deus que, por sua vez, fundamenta a reforma da “Igreja em saída”, notadamente missionária e sinodal. A riqueza dessa concepção ganhou força no Concílio Vaticano II e na Igreja da América Latina. Igreja em saída significa uma Igreja que não é autorreferenciada, mas caracterizada pela coragem de dialogar com o mundo e de ir ao encontro dos pobres e marginalizados, fomentando a urgente tarefa da globalização da solidariedade no cuidado com o pobre e com a Casa Comum.</p> Francisco Gomes Duarte, Abimael Francisco do Nascimento Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/491 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 Arte e artifício: a criação do homem artificial e seu sistema representativo no Leviatã de Thomas Hobbes https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/482 <p>O presente texto tem por finalidade expor, segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes (1558-1679), a concepção da criação do homem artificial (o Estado) como fundamentação de sua teoria política na obra <em>Leviatã</em>, bem como sua concepção de representação. Entretanto, antes de adentrar nesse problema buscaremos seguir o itinerário que leva a necessidade da criação de um poder comum entre os homens. Para isso, se faz necessário entender qual o método hobbesiano para analisar a criação do homem natural e do homem artificial. Com efeito, será o método matemático, mais especificamente o geométrico, em que partirá tanto da análise, quanto também da síntese. Seguindo o estudo das sensações, Hobbes conclui que as sensações não representam as qualidades intrínsecas dos objetos. Na verdade, elas são produtos do movimento dos corpos. Essas sensações, por sua vez, expandem até o coração de modo a gerar as paixões. Hobbes explica quais as paixões que podem levar os homens à discórdia e também à guerra. Tendo em vista que, no estado de natureza, os homens podem vir a atacar seu semelhante por enxergá-lo como um perigo, há, então, a necessidade da criação de um poder regulador para conservar a paz. É nessa condição que temos a necessidade da transferência de parte do direito natural e a criação do homem artificial. Para articular a noção de homem artificial, buscamos compreender de que forma a teoria da representação pode ajudar a entendê-la.</p> Henrique Lima da Silva Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/482 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 Da biopolítica de Foucault para a psicopolítica de Byung-Chul Han: a nova ferramenta de poder https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/484 <p>Este artigo visa analisar os seguintes pontos: a tese foucaultiana de disciplina, suas ferramentas de poder e a biopolítica; como houve a mudança social das ferramentas de controle; e, conforme o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han afirma, a superação das teses acerca do poder e do biopoder de Foucault, haja visto diversos fatores, tais como: crises institucionais das ferramentas disciplinares, ascensão da tecnologia – em especial o crescimento exponencial das redes sociais e mídias digitais –, ruptura do panoptismo da vigilância sobre os corpos para a vigilância sobre a psique e a nãocompletude do novo âmago do neoliberalismo de agir sobre os sujeitos. A metodologia que guiou a pesquisa é teórico-bibliográfica. Concluiu-se na pesquisa que a complexidade em que o neoliberalismo do século XXI exerce o poder, ou seja, em que ele sujeita os indivíduos, está para além da disciplina foucaultiana. Portanto, surge, então, uma nova técnica de sujeição, a psicopolítica silenciosa e afável de Han.</p> Rafael Douglas Sousa de Andrade Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/484 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 Filosofar como uma abelha: uma leitura do aforismo XCV de Francis Bacon https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/465 <p>No artigo pretendemos analisar o aforismo XCV da obra <em>Novum Organum,</em> de Francis Bacon, a contextualizando nos acontecimentos da Idade Moderna e no embate moderno, no tocante ao debate epistemológico entre Empirismo e Racionalismo. Mesmo sendo o fundador do método experimental na filosofia e do Empirismo, Bacon propõe uma superação do dualismo Razão/Experiência no referido aforismo. No artigo, pretendemos analisar aspectos pertinentes ao Empirismo e ao Racionalismo modernos, sem juízo de valor, suas contribuições à filosofia e como Bacon, mesmo sendo empirista, propõe, a partir da observação da natureza, que se faça uma filosofia não de formiga ou de aranha, mas de abelha.</p> Genildo Santana Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/465 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 Perspectiva hermenêutica da Filosofia da Linguagem de Donald Davidson https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/453 <p>Os seres humanos não interpretam apenas expressões linguísticas, mas conteúdos de pensamento, ou seja, atitudes proposicionais, que são crenças, desejos e vontades. A partir dessa perspectiva, mostraremos que é possível considerar que a filosofia da linguagem de Davidson tem uma perspectiva hermenêutica. Isso porque desejos e crenças constituem eventos mentais necessários para que agentes racionais possam compreender e interpretar suas experiências comuns, compartilhadas em uma comunidade linguística.</p> Geraldo das Dôres de Armendane Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/453 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300 Reflexões sobre liberdade e libertação em Hannah Arendt a partir da palestra Liberdade para ser livre https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/503 <p>A sentença arendtiana de que a razão de ser da política é a liberdade é o fio condutor argumentativo que fundamenta a palestra <em>The Freedom to Be Free</em> (<em>Liberdade para ser livre</em>), proferida na década de 1960. Nela, Hannah Arendt analisa o sentido da política através da investigação sobre as revoluções, seja aquelas já elencadas em <em>Sobre a Revolução,</em> a saber, a Americana e a Francesa, seja à luz daquelas que irromperam após a Segunda Guerra Mundial, como é o caso da Revolução Húngara. A justificativa para este recorte reside na constatação de que os eventos revolucionários, além de serem centelhas de iluminação política em tempos de obscuridade pública, ainda ressaltam as diferenças entre liberdade e libertação, demonstrando que quando a segunda se torna a força motriz dos movimentos políticos, as necessidades pré- políticas invadem a cena pública, frequentemente reverberando em terror. A consequência dessa inversão é a dissolução da esfera pública enquanto campo profícuo para a deliberação e, por conseguinte, a impossibilidade dos homens desfrutarem da liberdade pública. Partindo desta argumentação, o objetivo do artigo é analisar a diferença entre liberdade e libertação, assinalando porque a libertação da miséria e de sua invisibilidade inerente deve, necessariamente, preceder a instauração de um regime em que os indivíduos disporão das condições para desfrutar do duplo vértice da liberdade enquanto fim em si mesma: tanto a independência com relação à opressão e ao medo quanto o sobrepujamento da indigência.</p> Lara Rocha Copyright (c) 2023 Kairós https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/503 Wed, 13 Dec 2023 00:00:00 -0300