Aparência, essência e exploração nas seções I e II do livro III de O Capital

Autores

  • Eduardo Ferreira Chagas
  • Mailson Bruno de Queiroz Carneiro Gonçalves

Palavras-chave:

Aparência. Essência. Exploração.

Resumo

Trata-se aqui de demonstrar a associação entre aparência, essência e exploração que subjaz a superfície da economia capitalista. O processo de acumulação infinita, como se manifesta na esfera da concorrência, corresponde a uma mistificação de si mesmo, uma vez que o preço de custo, isto é, a soma necessária à aquisição dos elementos produtivos, é capaz de gerar valor. A existência do trabalho excedente é absolutamente camuflada pela metamorfose da mercadoria, supostamente arraigado na íntima relação entre liberdade e igualdade. A ilusão apresenta uma finalidade particular ao negar o trabalho assalariado como fundamento de um sistema marcado pela espoliação, de modo que a disputa entre capitais singulares pelo controle do mercado mundial representa o desenvolvimento das contradições que transformam riqueza e miséria numa totalidade indivisível.

Referências

GRESPAN, Jorge Luis. Marx e a crítica do modo de representação capitalista. São Paulo: Boitempo, 2019.

GRESPAN, Jorge Luis. O negativo do capital: o conceito de crise na crítica de Marx à economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2012.

HARVEY, David. Para entender O capital. São Paulo: Boitempo, 2013.

MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro III. São Paulo: Boitempo, 2018.

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Publicado

2021-07-01

Como Citar

CHAGAS, E. F.; GONÇALVES, M. B. de Q. C. Aparência, essência e exploração nas seções I e II do livro III de O Capital. Kairós, Fortaleza, v. 17, n. 1, p. 20–30, 2021. Disponível em: https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/46. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos