Duração e consciência em Bergson: sobre os limites da redução científica

Autores

Palavras-chave:

Consciência. Duração. Cérebro. Ciência. Associacionismo. Eu.

Resumo

Este artigo investiga a concepção de duração em Bergson e suas implicações para a compreensão contemporânea da consciência, particularmente no contexto das dificuldades enfrentadas pelas ciências em reduzir esse fenômeno complexo. Inicialmente, exploramos os principais elementos da teoria bergsoniana da duração da consciência, incluindo sua irredutibilidade ao cérebro correspondente, sua natureza contínua e progressiva, sua heterogeneidade qualitativa e uma crítica sucinta ao associacionismo. Por meio desta análise, destacamos a duração como uma característica fundamental da consciência, especialmente na interação mente-cérebro. Em seguida, levantamos a questão: a dificuldade das ciências contemporâneas em reduzir a consciência pode ser elucidada pela noção de duração em Bergson? Embora reconheçamos a importância do avanço científico nesse domínio, Bergson argumenta que a compreensão genuína da consciência requer uma abordagem filosófica, uma vez que o impulso inicial para tal investigação emana da experiência humana interior. Assim, a questão da consciência permanece não apenas como um desafio científico, mas também como um problema filosófico profundo, exigindo uma reflexão contínua e uma correção de curso filosófica a partir dos avanços da ciência.

Biografia do Autor

Pablo Antonio Pelizza, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

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Publicado

2024-07-29 — Atualizado em 2024-07-30

Como Citar

PELIZZA, P. A. Duração e consciência em Bergson: sobre os limites da redução científica. Kairós, Fortaleza, v. 20, n. 1, p. 53–76, 2024. Disponível em: https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/533. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Filosofia da Mente