Berkeley e Piaget: similaridades entre o princípio imaterialista e o fenômeno da permanência do objeto
Palavras-chave:
Imaterialismo. Permanência do Objeto. Egocentrismo Infantil. Representação. Linguagem.Resumo
Neste artigo trabalhamos, inicialmente, as noções teóricas de George Berkeley e seu Imaterialismo. Em particular, nos debruçamos sobre o raciocínio que o levou até a sua famosa máxima imaterialista: ser é perceber e ser percebido. Com esse caminho trilhado, partimos para investigar os elos potenciais entre essa conclusão epistemológica e o conceito da Permanência do Objeto, proposto por Piaget em seus escritos acerca da mente da criança. As consequências desse possível elo, especialmente os ecos do Egocentrismo Infantil dentro do Imaterialismo, são aqui discutidos. Os elos de semelhança que buscamos costurar entre Berkeley e Piaget transpassam como os dois veem a mente humana e sua relação com a linguagem, assim como trabalha o papel da representação mental no pensamento dos dois autores. Será que, mesmo separados por dois séculos, pode-se encontrar ecos da filosofia da mente de Berkeley nas conclusões de Piaget? Para investigar essa questão, mergulhamos nas obras tanto de Berkeley quanto de Piaget, lançando mão de exemplos sempre que possível, no meio desse percurso.
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