Holocausto: fruto do mal radical ou mal banal?
Palavras-chave:
Holocausto. Imperativo Categórico. Mal Banal. Liberdade. Moral.Resumo
A devassidão e as horrendas consequências do Holocausto Judeu (1941-1945), promovidos pelo regime nazista liderado por Adolf Hitler, levantam questionamentos sobre o modo como o homem é capaz de realizar atos de genocídio sem revelar nenhum aspecto de culpa moral. Ao ser questionado sobre o motivo de suas ações colaborativas à investida nazista contra a humanidade, Adolf Eichmann, membro do Terceiro Reich preso pelas forças secretas Israelita, alegou ter apenas cumprido o seu dever, remetendo-se assim à questão do imperativo categórico de Immanuel Kant, e considerando-se merecedor de perdão. Essa justificativa é questionada por Hannah Arendt que contrapõe essa ideia do imperativo categórico e o mal radical com a existência de uma banalização do mal. Dado esse problema, este artigo procura realizar uma análise da teoria do mal radical kantiano e do mal banal arendtiano para procurar perceber qual dos dois se aproxima mais da realidade dos fatos descritos no julgamento de Jerusalém.
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