A felicidade segundo São Bernardo de Claraval: o amor como caminho que leva o homem à união com Deus e à deificação
Palavras-chave:
Felicidade. Amor. Deificação. Caridade. Deus. Beatitude.Resumo
O problema da felicidade sempre foi tema de discussões filosóficas e teológicas, pois sobre os seus princípios e noções o homem desenvolverá sua vida e pautará suas atitudes. Passando pelos filósofos gregos da Antiguidade, e também por Santo Agostinho, notamos que a felicidade está ligada a um aperfeiçoamento do ser do homem. Este aperfeiçoamento ocorreria como uma aproximação de semelhança com a divindade ou ligado de alguma forma a ela: um estado de perfeição que o homem pode alcançar. Mas como chegar a tal perfeição e felicidade? Sócrates propõe a virtude do conhecimento; Platão propõe a Ideia do Bem e a política na cidade (pólis); Aristóteles aponta para o intelecto e a contemplação; Santo Agostinho mostra que a filosofia leva a Deus e é feliz aquele que O possui. Com São Bernardo, como será apresentado neste estudo, encontramos a felicidade do homem fundamentada no amor (caridade), que o leva à união com Deus – uma deificação. Para alcançar tal fim, a beatitude, o homem passa por certas etapas do seu amor a Deus, que sai do amor próprio e interessado ao amor por Deus por Ele mesmo e desinteressado.
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