A noção de conversão substancial segundo Tomás de Aquino
Palabras clave:
Tomás de Aquino. Metafísica. Transubstanciação.Resumen
Esse artigo pretende investigar a ideia de “conversão substancial” apresentada por Tomás de Aquino em sua teoria sobre a transubstanciação na Suma Teológica III, q.75. Busca-se aqui reconhecer o caráter heterodoxo desta conversão em relação às demais no ordinário quadro conceitual apresentado por Tomás, de cunho aristotélico. Conforme se verá, a ideia de conversão presente no âmbito da metafísica do Estagirita diz respeito à geração e corrupção, na qual está suposta a noção de forma. Ao contrário, na possibilidade da ideia de conversão substancial, tem-se um outro cenário, inexplorado pelo Corpus Aristotelicum, em que uma substância se torna outra por completo, tendo-se uma conversão total. Nesse sentido, almeja-se apresentar, em primeiro lugar, o contexto histórico e teológico das discussões sobre a transubstanciação. Em seguida, buscar-se-á mostrar o paradigma aristotélico das conversões naturais, assumido por Tomás no ambiente ordinário da natureza. Por fim, será mostrado em que consiste a conversão substancial com mais detalhes, tendo por base a argumentação filosófica que Aquino faz, buscando identificar a relevância metafísica dessa possibilidade para situar filosoficamente o fenômeno milagroso ocorrido no sacramento da Eucaristia.
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