A primeira filósofa tupiniquim: Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810-1885)
Parole chiave:
Feminismo. Filosofia Brasileira. Século XIX.Abstract
Neste trabalho discute-se a obra literária e filosófica de Nísia Floresta Brasileira Augusta, a primeira filósofa brasileira que, em pleno século XIX, em um mundo em que as letras eram em sua maioria um privilégio para pessoas brancas e masculinas, representa e marca uma divisória, na medida em que ao tomar como substrato os problemas europeus e brasileiros, escreve sobre sua época, e ao mesmo tempo rompe com ela, se projetando no futuro. Por essa razão, apresenta-se e analisa-se três textos da autora, a saber: o Opúsculo humanitário (1853), o poema histórico A Lágrima de um caeté (1849) e o texto publicado em forma de folhetim Páginas de uma vida obscura (1855). Por fim, conclui-se que nesse torrão nominado Brasil, tem-se, em plena sociedade oitocentista, uma mulher que está pensando o mundo para além da modernidade, que não se limita a egoidade europeia, mas pensa um novo mundo.
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