Um recorte demarcador na ética contemporânea: a perspectiva terapêutica
Palavras-chave:
Paixão triste. Patologia da ação. Era política. Era terapêutica.Resumo
A contemporaneidade colocou em “xeque-mate” a crença messiânica da ciência, pois na realidade a ciência, que havia prometido uma verdade e um progresso, lançou a todos e tudo num reduto de incertezas. O debate sobre a atuação da ciência aparece avindo dos outros saberes como da arte, da filosofia, da religião, da política; todos com o mesmo foco: a questão ética, gestando essa “paixão triste” que estamos vivenciando: uma “patologia da ação”. Dessa observação tento reflexionar que a atualidade é marcada pela passagem da era política (da visada crítica da escola de Frankfurt, ou da perspectiva de emancipação alemã, ou da proposta de engajamento francês, ou da inovação de uma re-significação ético-política da estética incentivada pela biopolítica) para a era terapêutica (de Watzlawick, Berne, os programas NLP: Programação Neurolinguística, Pensamento Positivo, Tratamento de Neuroses e Psicoses Pessoais).
Referências
BOLTANSKI, L. e CHIAPELLO, E. Le nouvel esprit du capitalisme. Paris: Gallimard, 2000.
CAMUS, Albert. Essais. Paris: Gallimard, 1965.
FOUCAULT, M. Dits et écrits. Vol. 4, Paris: Gallimard. 1994; p.777-783.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V.5. Rio de Janeiro: Forense universitária. 2004, p. 225-318.
KAFKA, Franz. Metamorfose. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
MARINOFF, Lou. Mais Platão e menos prozac. São Paulo: Ed. Record, 2004.
NIETZSCHE, Friedrich. O Anticristo. Trad. Paulo Cesar de Sousa. São Paulo: Cia. das letras, 2007.
PELBART, Peter Pál. Exclusão e biopotência no coração do Império. Palestra apresentada em 2004. Professor da PUC-SP, autor do livro A vertigem por um dia. São Paulo: Ilunimuras, 2000.
RIFKIN, J. A era do acesso. São Paulo: Makron, 2002
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Kairós
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
De acordo com a Licença Creative Commons International 4.0, é possível:
1) Distribuir o material publicado em qualquer formato, desde que os créditos de publicação e referenciação sejam devidamente dados à Revista Kairós.
2) Os direitos autorais sobre os artigos, resenhas e traduções publicados são da Revista Kairós, bem como os direitos de primeira publicação.
3) Os autores que queiram publicar seus manuscritos publicados na Kairós em outros veículos (capítulos de livro, por exemplo), devem referenciar devidamente à primeira publicação na Revista Kairós.
4) Os autores possuem pleno direito de divulgar seus manuscritos publicados na Revista Kairós em suas páginas pessoais, sendo recomendada à menção ao periódico.
Para conferir às determinações da Licença Creative Commons 4.0, acesse aqui.