A descoberta da estrutura proposicional no Ocidente e o fim do dualismo platônico
Palavras-chave:
Predicação dos nomes. Estrutura proposicional. Participação das coisas sensíveis nas formas inteligíveis. Mediação predicativa e linguística. Ambiguidade do sentido do verbo grego ser.Resumo
Esta investigação engloba as dimensões ontológica, epistemológica e linguística da Filosofia, na medida em que a problemática se debruça em responder como a predicação dos nomes permite enunciar a participação das coisas sensíveis nas formas inteligíveis. Para tanto, apresentamos: a descoberta da estrutura proposicional no Ocidente, efetuada por Platão no Sofista; a Teoria dos Dois Mundos, contida no Fédon e na República e, finalmente, levando em consideração o “argumento sobre as coisas que são e não são” da República (V. 476a1-479b10), explicitamos uma breve distinção entre comunhão (koinônia) e participação (methexis), juntamente com os sentidos do verbo grego ser (einai). O resultado parcial desta pesquisa é que mesmo sustentando a ambiguidade do sentido do verbo grego ser, somente é possível atribuir uma mediação predicativa e linguística para o fosso onto-epistemológico entre o inteligível e o sensível a partir da descoberta da estrutura proposicional no Sofista.
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