A sinodalidade e o imperativo "que Auschwitz não mais se repita"
Palavras-chave:
Sinodalidade. Papa Francisco. Holocausto. Adorno.Resumo
O artigo a seguir tem como intenção fazer um paralelo entre o princípio de sinodalidade proposto pelo Papa Francisco como caminho eclesial e o imperativo pedagógico do filósofo da Escola de Frankfurt Theodor Adorno para que não volte a acontecer o holocausto. Para tanto, se buscará uma síntese entre a Conferência dada pelo filósofo em 1966, em que expôs tal princípio, e os diversos documentos papais desde a instituição do Sínodo dos Bispos pelo papa Paulo VI. O artigo sublinhará os perigos e desafios que Adorno apresentou como gérmens de barbárie, fruto do modo contemporâneo de ser tanto individual como comunitário, que devem ser evitados nas sociedades contemporâneas, particularmente na Igreja, para caminhar mais plenamente em sinodalidade. O caminho sinodal a partir da síntese com Adorno se faz mais necessário e mais relevante do que aparentemente se percebe, pois transpassa as fronteiras eclesiais, acolhendo uma missão de verdadeira libertação para toda a civilização, sobretudo ocidental, a partir da experiência traumatizante do holocausto.
Referências
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