Albert Camus - uma reflexão sobre a violência legitimada e o conceito de revolta
Palavras-chave:
Violência. Totalitarismo. Ética. Crime lógico. Política.Resumo
Este artigo tem como objetivo apresentar o posicionamento do autor franco-argelino Albert Camus sobre elementos que se tornaram centrais no debate ético e político do século XX: a legitimação do assassinato, o crime lógico, a violência e o terror como técnicas e o esvaziamento da dignidade humana de forma premeditada. Esses elementos estão no centro do que o autor classifica como a crise humana e marcam profundamente a produção ensaística do autor. Para tanto, utilizamos os ensaios e palestras proferidas por Camus no decorrer da década de 40 e 50, nas quais as questões políticas e éticas nos levam a refletir: é possível considerar o assassinato legitimo? O que levou o ocidente a tamanha tensão entre o homicídio premeditado e o humanismo? Mediante as reflexões oriundas dos ensaios políticos do autor, apresentamos também o conceito de revolta. A revolta é o conceito central do pensamento político de Camus, em que o autor busca apresentar alternativas para a crise ética, ligando a revolta à defesa do humanismo e da dignidade humana diante do avanço do totalitarismo.
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