A crítica à hipóstase psicológica do universal na teoria da abstração de John Locke na Segunda Investigação Lógica de Edmund Husserl
Palabras clave:
Husserl. Locke. Abstração. Sensibilidade. Essência. Psicológico.Resumen
Este trabalho tem como objetivo explicitar a crítica de Edmund Husserl (1859-1938) ao empirismo de John Locke (1632 -1704) circunscrita na Segunda Investigação Lógica na obra Investigações Lógicas (1901). Deste modo, detalharemos as questões referentes à hipóstase psicológica do universal defendida por John Locke, a qual surge devido a afirmação da não existência na realidade de algo universal, mas sim que apenas coisas individuais existem e são ordenadas em espécies e gêneros com respeito às semelhanças. Desta forma, as aparências das coisas são vistas como “complexos de ideias (simples)” e o fato de podermos nomear muitas coisas unicamente por meio de um e o mesmo nome geral prova que um significado geral, uma “ideia geral”, deve corresponder a isso. Discutiremos neste artigo como a abstração, para Husserl, não é o que percebemos apenas pelos dados da sensação, como o empirismo sensualista quer que acreditemos, mas as essências e as conexões de essências. Em suma, para a fenomenologia, não há oposição entre essencialidade (Wesenheit) e ser-dado (Gegebensein) às “essências” que são percebidas nas “próprias coisas”, não recorrendo a um artifício psicológico.
Citas
FARBER, Marvin. The Foundation of Phenomenology. Edmund Husserl and the quest for a rigorous science of philosophy. Albany: State University of New York Press, 1968.
HUSSERL, Edmund. Investigações Lógicas. Prolegômenos à Lógica Pura. Trad. Diogo Ferrer. Lisboa: CFUL, 2014. (Coleção Phainomenon: Clássicos de Fenomenologia).
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