O envolvimento do ser infinito no ser finito: uma abordagem sobre o sentido do ser em Edith Stein

Abstract

O presente trabalho é uma abordagem sobre o significado da procura do fundamento eterno do ser finito elaborada por Edith Stein, fenomenóloga, assistente de Edmund Husserl. Aproximar-se das coisas, dos objetos, de qualquer experiência para alcançar-lhes o sentido mais profundo, parecia a Edith Stein um sinal luminoso apontando para o caminho certo. Uma verdade que não há de depender tanto dos esforços e situações humanas quanto do oferecimento que de si mesmas fazem as coisas. Aproxima-se da fenomenologia, de Husserl, da sua ideia de chegar à estrutura primeiríssima do fenômeno. Mas a fenomenologia não foi suficiente para sossegar o coração de Edith Stein que, ao longo do tempo, terá que se convencer de que a tentativa de Husserl de fundamentar, no próprio homem, o sentido da existência e seu horizonte de inteligibilidade, era insuficiente. Mesmo continuando fiel ao seu mestre Edmund Husserl, Edith Stein se lança na procura de outro domínio capaz de fornecer uma claridade mais definida. Seria necessário formular a questão fundamental de sua busca para direcionar melhor seus esforços à procura do fundamento eterno do ser finito. Começa a trabalhar incansavelmente para uma integração e um enriquecimento mútuo, sentindo a necessidade de introduzir a filosofia moderna dentro do cristianismo, na tentativa de harmonizar a fenomenologia com o tomismo. Em sua obra filosófica considerada mais importante Ser finito e ser eterno, reafirma sua fidelidade ao antigo mestre e à escola fenomenológica. Para ela, a oposição mais aguda estava no fato de a fenomenologia transcendental ser fundamentalmente egocêntrica, ao passo que a filosofia católica era teocêntrica. Sua reflexão parte do ser finito para chegar ao Ser eterno.