A fundamentação ética de Agostinho na obra O Livre-Arbítrio

Abstract

O presente artigo apresenta um estudo sobre a ética agostiniana a partir da sua obra Do Livre-arbítrio. Este filósofo compreendia que o homem era dotado de livre-arbítrio como importante parte de sua natureza como ser racional e distinto dos demais animais. Através dele o homem é responsável por suas ações, boas ou más. O livrearbítrio lhe fora dado por Deus para um bom propósito, que é a vida virtuosa. Quando o homem não alcança tal objetivo ele pratica o mal moral. A vida virtuosa consiste no domínio da razão sobre as paixões através da sua boa vontade. A felicidade e a infelicidade são a consequência do bom e do mau uso de seu livre-arbítrio. Para viver retamente o homem deve se desapegar dos bens temporais e transitórios e se voltar para o Bem supremo, Deus, para assim desfrutar do gozo de uma vida virtuosa. O texto foi escrito de forma clara e objetiva a fim de alcançar uma melhor compreensão sobre a filosofia ética agostiniana. A relevância de tal temática consiste na atual situação de crise ética e moral que estamos vivendo hoje. Sendo o problema ético discutido pela filosofia desde os seus primórdios, a reflexão de Agostinho de Hipona ainda nos apresenta como uma explicação relevante sobre tal fenômeno.