Uma investigação acerca da possibilidade de agência em sistemas artificiais
Palavras-chave:
Sistemas artificias. Agência. Intencionalidade. Autonomia. Agentes artificiais.Resumo
O presente artigo tem por objetivo investigar, no contexto das tecnologias informacionais emergentes, a possibilidade de sistemas artificiais serem inseridos na categoria de agentes. Para realizar o objetivo proposto explicitaremos as condições que permitem classificar um sistema artificial enquanto agente, apresentando assim, uma análise acerca do conceito de agência tanto em teorias da ação consideradas como padrão, que têm como ponto comum a noção de ação intencional, como em teorias alternativas da agência, que não pressupõe, necessariamente, funções cognitivas de segunda ordem. Em um segundo momento investigaremos a noção de autonomia, na medida em que esta é uma característica fundamental da atribuição não trivial de agência. Por fim, procuraremos mostrar que sistemas artificiais que forem capazes de ir além de sua programação inicial, na medida em que aprendem com a própria experiência e altera o rumo de sua ação como resultado de tal aprendizagem, podem ser inseridos na categoria da agentes autônomos dentro de condições e contextos específicos.
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