Nietzsche e a decadência: a anarquia dos instintos na cultura e em Wagner
Palavras-chave:
Décadence. Wagner. Modernidade. Vida. Arte.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar, na perspectiva nietzschiana, alguns aspectos da teoria da décadence, limitando-se ao seu embate com a arte do século XIX. Para realizar tal empreitada, nos detemos na terceira fase do filósofo e nos escritos do último ano de produção de Nietzsche. Com efeito, no período o autor faz uma investigação minuciosa de Richard Wagner, em O caso Wagner, de 1888. Diante disso, no primeiro momento, a fim de introduzirmo-nos no procedimento genealógico-fisiológico por meio do qual o filósofo investiga a arte da décadence, destacamos alguns aspectos específicos do contexto histórico do conceito de ‘décadence’ no movimento literário francês da segunda metade do século XIX. Em seguida, a análise e os efeitos fisiopsicológicos causados pela música de Wagner, ilustrados por Nietzsche, forneceram a matéria prima para comparar a ‘melodia infinita’ de Wagner com a ‘música mediterrânea’ de Bizet, assim como, os sintomas e efeitos que repercutem na vida do indivíduo.
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