Matéria e representação na obra de A. Schopenhauer

Autores

  • Ruy de Carvalho Rodrigues Júnior

Palavras-chave:

Representação. Matéria. Absoluto. Substância.

Resumo

O artigo discute a hipótese de que a metafísica da natureza de Schopenhauer pode ser melhor compreendida à luz do desenvolvimento pelo qual passam seus conceitos de matéria e representação ao longo da elaboração de sua obra. Defende que tais conceitos são modificados a partir do diálogo que o autor trava com certos filósofos, entre os quais destacar-se-ia Spinoza. Pretende mostrar que o pensamento deste último serve de alvo da crítica do alemão à noção de absoluto e pode tornar mais clara o alcance e o sentido da posição de Schopenhauer frente ao Idealismo Alemão. Defende que a filosofia de Spinoza teria especial relevância para a compreensão da complexa relação entre os conceitos de matéria, absoluto e substância, com os quais Schopenhauer distanciaria-se tanto do pensamento de Schelling quanto de Hegel.

Referências

BARBOZA, Jair. Infinitude subjetiva e estética – natureza e arte em Schelling e Schopenhauer. São Paulo: Unesp, 2003.

BARBOZA, Jair. Metafísica do belo. São Paulo: Unesp, 2003.

BRANDÃO, Eduardo. A concepção de matéria em Schopenhauer e o absoluto. In: SALLES, João Carlos (org.). Schopenhauer e o idealismo alemão. Salvador: Quarteto, 2004.

BUCHER, E., PAYNE, E. & KURTH, K. (orgs.). Von der aktualität Schopenhauers. Frankfurt am Main: W. Kramer, 1972.

CACCIOLA, Maria Lúcia M. O. Schopenhauer e a questão do dogmatismo. São Paulo: Edusp, 1994.

GWINNER, Wilhelm. Arthur Schopenhauer. Leipzig: Brockhaus, 1922.

GOLDSCHMIDT, Victor. Schopenhauer, lecteur de Lamarck – Lé pròbleme des causes finales. In: Écrits. Paris: Vrin, 1984, vol. II.

HEINRICH, Hans. Darstellung des Willens. In: Materialen zu Schopenhauers “Die Welt als Wille und Vorstellung” (originalmente em

Das Verhältnis von Wille und Intellekt. Dissertação, Konigsberg, 1911).

HORKHEIMER, Max. Die Aktualität Schopenhauers. In: EBELING &

LÜTKEHAUS (orgs.). Schopenhauer und Marx (originalmente publicado em Zur Kritik der instrumentellen Vernunft, 1974).

MALTER, R.; SEELIG, W. & INGEKAMP, H.-G. (orgs.). Schopenhauer in der internationalen Discussion. Frankfurt am Main: W. Kramer, 1988. (Schopenhauer-Jahrbuch, vols. 69).

MANN, Thomas. Schopenhauer. In: Adel des Geistes. Oldenburg: Fischer, 1967.

MANN, Thomas. Schopenhauer, Nietzsche, Freud. Madrid: Alianza Editorial, 2000.

PHILONENKO, Alexis. Schopenhauer - Une philosophie de la tragédie. Paris: Vrin, 1980.

POL DROIT, R. (org.). Présences de Schopenhauer. Paris: Grasset, 1988.

SCHOPENHAUER, Arthur. Sämtliche Werke. Editadas e comentadas por Wolfang Frhr. von Lohneysen. Suhrkamp taschenbuch wissenschaft, 2003. 5

vols.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Trad. M. F. Sá Correia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Trad. Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2005.

SCHOPENHAUER, Arthur. Crítica da filosofia kantiana. Trad. Maria Lucia M. O. Cacciola. São Paulo: Nova Cultura Ltda, 1999.

SCHOPENHAUER, Arthur. Fragmentos para a história da filosofia. Trad. Maria Lucia M. O. Cacciola. São Paulo: Iluminuras, 2003.

SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a filosofia universitária. Trad. Maria Lucia M. O. Cacciola. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre o fundamento da moral. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SIMMEL, G. Schopenhauer y Nietzsche. Buenos Aires: Anaconda, 1950.

SIPRIOT, P. (org.). Schopenhauer et la force du pessimisme. Paris: Rocher, 1988.

SPIERLING, Volker (org). Materialen zu Schopenhauers “Die Welt als Wille und Vorstellung”. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1984.

VAZ, Henrique C. de Lima. Escritos de filosofia III. Filosofia e cultura. São Paulo: Loyola, 1997.

Downloads

Publicado

2008-06-30

Como Citar

RODRIGUES JÚNIOR, R. de C. Matéria e representação na obra de A. Schopenhauer. Kairós, Fortaleza, v. 5, n. 1, p. 92–125, 2008. Disponível em: https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/251. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos