A fenomenologia: de Husserl a Heidegger

Autores

  • Dilson Brito da Rocha Universidade Estadual Paulista (Unesp); Faculdades Integradas de Bauru (FIB)
  • João Paulo Martins Universidade Estadual Paulista (Unesp); Faculdades Integradas de Bauru (FIB)
  • Maria Luísa Ramalho Ferreira da Silva Faculdades Integradas de Bauru (FIB)

Palavras-chave:

Edmund Husserl. Atitude fenomenológica. Intenção da consciência. Atitude natural. Martin Heidegger.

Resumo

Neste estudo temos o objetivo de rastrear o pensamento fenomenológico de Edmund Husserl (1859-1938) e seu desdobramento em Martin Heidegger (1889-1976). A atitude fenomenológica se constitui a partir da máxima posta como urgente para o conhecimento, a saber, voltar às coisas mesmas, dada a intencionalidade da consciência. Isso constitui o método da fenomenologia arquitetado por Husserl, que reclama a crucial suspensão daquilo que ele alcunha como atitude natural. A atitude fenomenológica, por seu turno, reivindica que as pressuposições sejam suspensas, saindo do campo empírico, que posiciona os objetos no espaço e no tempo, com o propósito de deixar emergir a vida da própria consciência em sua dinâmica imanente. É necessário, conquanto, deixar o campo emergir sem teorizações e determinações daquilo que se apresenta à consciência. Ocorre que a teorização acerca do homem se torna inexequível. Este modus operandi desembocou no robusto projeto radicalizador de Heidegger.

Biografia do Autor

Dilson Brito da Rocha, Universidade Estadual Paulista (Unesp); Faculdades Integradas de Bauru (FIB)

Graduação em Filosofia pela UNIFRAN/Franca. Graduação em Teologia pela UNISAL/São Paulo. Mestrado em Filosofia pela UNESP/Marília. Mestrado em Teologia (Patrística e Escolástica) pela PUG/Roma, Itália; Docente na Faculdades Integradas de Bauru (FIB)

João Paulo Martins, Universidade Estadual Paulista (Unesp); Faculdades Integradas de Bauru (FIB)

Bacharel em Psicologia pela Universidade do Sagrado Coração (USC). Mestre em Filosofia pela Universidade Estatual Paulista (UNESP/Marília); Docente na Faculdades Integradas de Bauru (FIB).

Maria Luísa Ramalho Ferreira da Silva, Faculdades Integradas de Bauru (FIB)

Bacharel em Psicologia pela Faculdades Integradas de Bauru (FIB).

Referências

ALMEIDA, R. M. de. et al. A crise dos fundamentos das ciências modernas: uma leitura a partir de Edmund Husserl. Pensando Revista de Filosofia, Luís Correia, v. 7, n. 14, p. 27-47, 2016.

CASANOVA, M. A. Compreender Heidegger. 5ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.

FEIJOO, A. M. L. C. de. A existência para além do sujeito. A crise da subjetividade moderna e suas repercussões para a possibilidade de uma clínica psicológica com fundamentos fenomenológico-existenciais. Rio de Janeiro: Via Verita, 2011.

GALLAGHER, S. et al. Introduction: philosophy of mind, cognitive science, and phenomenology. In: GALLAGHER, S. The phenomenological mind. 2ª ed. New York: Routledge, 2012.

GOTO, T. A. A (re) constituição da psicologia fenomenológica em Edmund Husserl. Tese (Doutorado). 2007. 218p. Centro de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCampinas), Campinas, 2007.

HEIDEGGER, M. Introdução à filosofia. Tradução de Marco Antonio Casanova. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

HEIDEGGER, M. Ser e tempo. Tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback. 10ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.

HUSSERL, E. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental. Uma introdução à Filosofia Fenomenológica. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2012.

HUSSERL, E. A ideia da fenomenologia. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1990.

HUSSERL, E. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Aparecida: Idéias & Letras, 2006. (Coleção Subjetividade Contemporânea).

HUSSERL, E. Meditações cartesianas: introdução à fenomenologia. São Paulo: Madras, 2001.

MARTINS, J. P. Fenomenologia e neurociência: uma relação possível. Dissertação (Mestrado). 2015. 85p. Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2015.

SÁ, R. N. de. Para além da técnica: ensaios fenomenológicos sobre psicoterapia, atenção e cuidado. Rio de Janeiro: Via Verita, 2017.

SEIBT, C. L. Temporalidade e propriedade em Ser e Tempo de Heidegger. Rev. Filos., Curitiba, v. 22, n. 30, p. 247-266, jun./2010.

Downloads

Publicado

2022-12-29

Como Citar

DA ROCHA, D. B.; MARTINS, J. P.; SILVA, M. L. R. F. da. A fenomenologia: de Husserl a Heidegger. Kairós, Fortaleza, v. 18, n. 2, p. 72–86, 2022. Disponível em: https://ojs.catolicadefortaleza.edu.br/index.php/kairos/article/view/402. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos