Estética e política entre civilização e barbárie no pensamento de Arendt
Palabras clave:
Juízo. Estética. Política.Resumen
Este trabalho aborda a concepção de juízo presente nos escritos de Hannah Arendt, precisamente, na sua problematização com a política e a cultura. Defende-se a hipótese de que o juízo arendtiano consiste num juízo estético-político no qual a mediação entre reflexão e sensibilidade permite a abertura para o mundo. Essa abertura é característica da cultura enquanto civilização: um espaço onde o ser humano pode se cultivar enquanto tal. Do contrário, o fechamento para o mundo, ou em outros termos, o enclausuramento na própria subjetividade, corresponde à barbárie. Nela, o ser humano sem qualquer relação com os objetos da cultura (a arte em sentido amplo) ou com os outros encontra-se alienado do próprio mundo. Para tanto, este artigo trata de algumas relações conceituais presentes no pensamento de Arendt: cultura e civilização, barbárie e desmundanidade e, por fim, juízo e senso comum. Conclui-se que há uma estética no pensamento de Arendt em vista do conceito de aparência e, neste último, a experiência é, ao mesmo tempo, política e estética.
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