Transcendendo a Biologia na singularidade: cenários e implicações éticas
Palabras clave:
Singularidade. Biologia. Transcendência.Resumen
A singularidade pode ser compreendida, a partir de Kurzweil, como um processo no qual a capacidade cognitiva da inteligência artificial supera demasiadamente a inteligência natural humana, havendo necessidade, em vista da sobrevivência da espécie humana, que ela se integre substancialmente às máquinas superinteligentes. Diante desse rearranjo da vida, o projeto da singularidade conjectura um cenário futuro composto pela presença de entidades não biológicas superinteligentes, seres humanos instanciados em upload e transformações graduais de seres humanos biológicos em seres humanos não biológicos. Diante desse prognóstico, o presente artigo objetivou investigar a proposta singularitariana de transcender a biologia, bem como sua reclamação quanto à necessidade de uma nova configuração na relação entre ser humano, tecnologia e as demais formas de vida. Em conclusão, o artigo postula que é possível e provável que o ser humano, por meio do processo da singularidade, consiga transcender sua biologia, todavia, há nesse processo desafios éticos dos quais não se pode esquivar, como os riscos de submeter corpos humanos a alterações radicais e a necessidade de superação de valores e não somente de barreiras técnicas para se viabilizar a singularidade.
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